São Paulo, Brasil, 14 de setembro de 2025.
Instagram: @escritasenarrativas
Artista Professor Daniel Rodrigues Hernandez.
Blog Escritas e Narrativas.
7. O DISCURSO PEDAGÓGICO ENTRE A ARTE E A CIÊNCIA
À guisa de conclusão, podemos considerar a linha tênue que o discurso pedagógico perpassa entre a arte e a ciência. Entendendo aqui, a arte, a partir da proposição de MERLEAU-PONTY (1989: 103) que deve ser incorporada ao nosso trabalho de aproximação desse universo, que afirma que “o primeiro desenho nas paredes da caverna fundava uma tradição porque recolhia uma outra: a da percepção. A quase eternidade da arte confunde-se com a quase eternidade da existência humana encarnada e por isso, temos, no exercício do nosso corpo e de nossos sentidos, com que compreender a gesticulação cultural, que nos insere no tempo”.
E, compreendemos a ciência como Aristóteles, sendo que para ele, “a ciência é a busca de causas universais, que dão uma explicação comum a um grupo de fenômenos”. O filósofo distingue com clareza os ramos no tronco do saber:
Há uma ciência que investiga o Ser e os atributos que lhe são próprios em virtudeda sua natureza. Ora, essa ciência é diversa de todas as ciências particulares, pois nenhuma delas trata universalmente do Ser enquanto Ser (In: PEREIRA, 1991: 56)
A ciência e a Arte aqui tratadas enquanto construção histórica e social da humanidade são produzidas na sociedade em que vivemos dentro de um contexto cultural em que o discurso pedagógico também é se difundido e reproduzido, incidindo essa tríade por nós apresentada (arte, ciência e discurso pedagógico) sobre a prática pedagógica e o imaginário sobre a escola, em seus “slogans” produzidos e incorporados em uma tradução de significados atribuídos à instituição escolar e reproduzidos em expectativas criadas acerca do trabalho docente e da escolarização ansiada pelos alunos e suas famílias.
(...)
Continua na próxima postagem!
Gratidão pela leitura!