segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Sobre príncipes: dos maquiavélicos aos pequenos


São Paulo, Brasil, 15 de setembro de 2025.

 Instagram: @escritasenarrativas

Artista Professor Daniel Rodrigues Hernandez.

Blog Escritas e Narrativas.

 

1. E VOAM OS ANOS E A MEMÓRIA ENCURTA

 

Sobre príncipes: dos maquiavélicos aos pequenos 


Com o advento da publicação dos livros O Príncipe de Nicolau Maquiavel (1513) e O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry (1943) a atemporalidade e a universalidade dessas obras-primas que - são clássicos de sua época, bem como transcendentes de séculos - marcam pela sua atualidade no campo do debate em que podemos ter lições sempre seja no âmbito do pensamento e comportamento maquiavélico (consagrados no imaginário social) bem como de Saint-Exupéry que nos fala que “somos responsáveis pelo que nos cativa” e, sobretudo, que “o essencial é invisível aos olhos.”

 

Sabe, falar que Maquiavel projetou e anteviu a contemporaneidade ardilosa da política como queria nos lembrar o advogado Hery Waldir Kattwinkel referente aos atos e manifestações de 8 de janeiro de 2023 lembrando da citação atribuída erroneamente à Maquiavel de que os fins “justificam os meios”. E o advogado nos citou mais equivocadamente como referência do livro O Pequeno Príncipe. Seriam os atos e manifestações de 08 de janeiro de 2023 uma potência de príncipes pequenos ou maquiavélicos?

 

Do direito a se manifestar ao pedido da anistia! Da repressão à história em ação! Sempre bom ler os clássicos como nos diz Ítalo Calvino. É uma visita que nunca se esgota! E eu pergunto, quantas escolas estão lendo Pequeno Príncipe em nosso país? As crianças conhecem essa aventura tão mágica da nossa imaginação em que um elefante com uma cobra em cima podem ser um chapéu?

 

Veicula muito por aí que existem Youtubers e/ou Influencers que vão às universidades públicas gravando aulas sem prévia orientação, rasgando cartazes ou apenas para dizer que o espaço público pode ser ocupado de qualquer maneira por que é público e todos pagamos e é campo ideológico da “esquerda”?! Eles dizem que são de “direita”, mas acredito que precisam se "indireitar" mais (no sentido de comportamento), pois para Olavo de Carvalho (grande mestre e referência do pensamento de direita)”todo intelectual de direita que inventa uma proposta de sociedade é um intelectual de esquerda que pensa que é de direita.” Essa proposta social de debates com vídeos gravados sendo disseminada com um ódio exacerbado fere a autonomia universitária promulgada pela Constituição Federal de 1988 nos artigos de 205 a 2014 (Da Educação). Se você pensa como alguém de direita não deve rasgar cartazes, gravar aulas e falas dos alunos sem prévia autorização ou aparecer como se fosse terra de ninguém para gravar vídeos e mostrar que quem é de direita é mais “direito” do que quem é de esquerda?! Que possamos exercer os direitos de debates e respeitar as opiniões de cada um.

 

Maquiavel explica essa percepção do nosso país e do nosso mundo que faz-se necessário debater mais do que julgamentos ou tarifaços de origem ideológica, pois as guerras e conflitos não cessam no Brasil e no Planeta Terra e, ao pensarmos essa relação é importante refletir que “para bem conhecer o caráter do povo, é preciso ser príncipe, e para bem conhecer o do príncipe, é preciso pertencer ao povo.” Os princípes maquiavélicos e pequenos são para nós a urgência de Saltimbancos (1977) de Chico Buarque com o filme dos Trapalhões (1981) “nós gatos já nascemos pobres, porém, já nascemos livres.” Compreendemos à guisa de conclusão também que “todos juntos somos fortes. Somos fortes todos juntos. Não há nada a temer.”

Antes Empreguetes e agora Donas de Si (de mim)

 

São Paulo, Brasil, 15 de setembro de 2025.

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Artista Professor Daniel Rodrigues Hernandez.

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1. E VOAM OS ANOS E A MEMÓRIA ENCURTA

 

Antes Empreguetes e agora Donas de Si (de mim)

 

Lembrar da novela Cheias de Charme (2012) com a “Saga das Empreguetes” em que Penha (Taís Araújo), Rosário (Leandra Leal) e Cida (Isabelle Drummond) se encontram, formam amizade e se unem pelo sonho de cantar (e encantar em suas histórias de amor a conquistar) formando as Empreguetes que desafiam o legado de Chayene (Cláudia Abreu)  e se apresentam como novo sucesso das paradas no programa diário de rádio Bom Dia, Dona Maria" do radialista Gentil Soares (Gustavo Gasparani) alcançando o seu auge com o prêmio de "a mais pedida de três".

 

A memória dessa novela em que ficou em xeque a nossa existência do fim do mundo em 2012 pois não compreendíamos o final de um ciclo do calendário maia. E hoje com Taís Araújo sendo Raquel Acioli (Vale Tudo), Leandra Leal e Isabele Drummond estrelando seus trabalhos e Cláudia Abreu interpretando Filipa (Dona de Mim).

 

Aliás, é sobre isso, que fala o texto: As Donas de Si, com Clara Moneke em Dona de Mim (Leona), Bella Campos em Vale Tudo (Raquel Acioli), Gabz em Mania de Você (Viola) e Duda Santos em Garota do Momento (Beatriz) personificando o protagonismo da mulher negra na atualidade dentro do contexto da teledramaturgia brasileira dando abertura à juventude (com a qual o mercado de trabalho deveria dar mais espaço também).

 

Rostos e sorrisos que na pretitude e negritude podemos enxergar na beleza ética e estética da mulher brasileira onde já ouvíamos com Dona Ivone Lara (com uma voz e presença histórica e cultural 100% Dona de Si) Um sorriso negro, um abraço negro traz....felicidade. Negro sem emprego, fica sem sossego. Negro é a raiz da liberdade..Negro é uma cor de respeito. Negro é inspiração. Negro é silêncio, é lutonegro é...a solidão! Negro que já foi escravo. Negro é a voz da verdade. Negro é destino é amor..Negro também é saudade.. (um sorriso negro !)”. E é isso e muito mais! A quem quiser, bora chegar, comentar e assim podemos nos falar! Aumente o seu ponto também!

Os bichos que revolucionam o futebol brasileiro

 

São Paulo, Brasil, 15 de setembro de 2025.

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1. E VOAM OS ANOS E A MEMÓRIA ENCURTA

 

Os bichos que revolucionam o futebol brasileiro

 

 

E pensar que Zé dos Porcos (Anderson Di Rizzi) da novela Êta Mundo Melhor e Zeca Urubu do desenho Pica-Pau personificam a Revolução dos Bichos de George Orwell (1945) no futebol brasileiro dos anos 2000 mais recentes se pensarmos nos bichos que representam como mascotes de Flamengo e Palmeiras que tem se revezado sobretudo em títulos nacionais e da Libertadores.

 

Das finais entre eles temos a emblemática final da Libertadores de 2021 vencida pelo Palmeiras por 2x1  no estádio Centenário de Montevidéu, no Uruguai, com a “assistência” de Andreas Pereira para o imortal gol de Deyverson e o tricampeonato da América garantido pelo Palmeiras.

 

Bem como dos títulos da Libertadores e do Brasileiro do Flamengo em 24 horas no mágico e eterno ano de 2019 desbancando o River Plate e destronando o Palmeiras sem nem precisar entrar em campo. Mas lembrando que desde então a Copinha chegou duas vezes para o Alviverde! E o Mundial? As assistências de Andreas agora deveras são do Palmeiras. Sonhar não custa nada!

 

Palmeiras e Flamengo conquistaram na última década (2015-2025) 30 títulos juntos sendo 14 do alviverde paulista e 16 do rubro-negro carioca. E no G4 do Brasileirão estão presentes! Estão nas quartas-de-final da Copa da Libertadores e apenas não seguirem mais adiante na Copa do Brasil esse ano. Haja hegemonia! E que parece que não vai acabar tão cedo?

 

Mérito dos  dois ou demérito do restante? O choque de gestão nos dois clubes com os resultados traduzem o outro patamar que os dois melhores clubes da América se encontram no momento! A quem quiser contestar, bora comemorar e dialogar! Aumente o seu ponto também!

domingo, 14 de setembro de 2025

9. O Discurso Pedagógico entre a Arte e a Ciência

 

São Paulo, Brasil, 14 de setembro de 2025.

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Artista Professor Daniel Rodrigues Hernandez.

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9. O DISCURSO PEDAGÓGICO ENTRE A ARTE E A CIÊNCIA


Referências Bibliográficas:

AZANHA, José Mário Pires. Abstracionismo Pedagógico. In: “Uma idéia de pesquisa educacional”. São Paulo: EDFEUSP, 1992.

CHAUI, Marilena. O discurso competente. In: “Cultura e Democracia”. São Paulo: Cortez, 1989.

CORDEIRO, Jaime Francisco Parreira. Falas do Novo, Figuras da Tradição: o novo e o tradicional na educação brasileira (anos 70 e 80). São Paulo: UNESP, 2002. p. 11-32.

FERREIRA-SANTOS (1999) Pessoa, Imaginário & Arte: perspectivas antropológicas em pesquisa. In: “Imagens da Cultura: um outro olhar”. TEIXEIRA, Maria Cecília Sanches. & PORTO, Maria do Rosário Silveira. São Paulo: CICE-FEUSP, Editora Plêiade, 1999.

Merleau-Ponty, M. (1989). A linguagem indireta e as vozes do silêncio. In: ChauI, Marilena (Org.), “M. Merleau-Ponty, Textos selecionados” (pp. 89-123). (Moraes, P. S. Trad.). São Paulo: Nova Cultural. (Trabalho original publicado em 1952).

NAGLE, Jorge. Discurso Pedagógico: uma introdução. In: “Educação e Linguagem: para um estudo do discurso pedagógico”. São Paulo: EDART, 1976.

ORLANDI, Eni Pulcinelli. Para quem é o discurso pedagógico. In:“A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso”. São Paulo: Brasiliense, 1983.

PEREIRA, Otaviano José. Aristóteles: o equilíbrio do Ser: São Paulo: FTD, 1991.

SHEFFLER, Israel. Os slogans educacionais. In: “A linguagem da educação”. São Paulo: Saraiva, 1974.

 

Muito obrigado por ter chegado até aqui!

 

Gratidão de coração mesmo!

 

Gratidão e sejam todos e todas bem-vindos e bem-vindas ao nosso Blog Escritas e Narrativas!

8. O Discurso Pedagógico entre a Arte e a Ciência

 

São Paulo, Brasil, 14 de setembro de 2025.

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8. O DISCURSO PEDAGÓGICO ENTRE A ARTE E A CIÊNCIA

 

Entre a arte e a ciência, acreditamos que o discurso pedagógico deva ser compreendido enquanto “obra de arte” que, como definida por FERREIRA SANTOS (1999: 75) como prática social, é “registro da subjetividade do artista/artesão, que, por sua vez, possui a marca do grupo cultural a qual ele pertence, seja na sua afirmação ou na sua negação contestadora. (...) Assim, o artista (...) possui um papel social, na medida em que a obra, mesmo não dirigida para um público específico, relaciona-se com um público que extraíra dela incontáveis significações e leituras. Pedagogicamente, o artista ensinará seu ofício ou será copiado”.

Dá-se então a importância de analisarmos criticamente o discurso pedagógico em seu contexto em que é difundido, e procurarmos as raízes de sua origem, pois pode-se ver que esse é oriundo, assim como a “obra de arte” da subjetividade do autor e tem incorporada a identidade do âmbito cultural em que está inserido. Devem-se compreender os meandros do discurso pedagógico, para não ficarmos enviesados em nossa prática educativa, negando-o com veemência ou incorporando-o sem a necessária criticidade.

 

(...)

Continua na próxima postagem!

Gratidão pela leitura!

7. O Discurso Pedagógico entre a Arte e a Ciência

 

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7. O DISCURSO PEDAGÓGICO ENTRE A ARTE E A CIÊNCIA


À guisa de conclusão, podemos considerar a linha tênue que o discurso pedagógico perpassa entre a arte e a ciência. Entendendo aqui, a arte, a partir da proposição de MERLEAU-PONTY (1989: 103) que deve ser incorporada ao nosso trabalho de aproximação desse universo, que afirma que “o primeiro desenho nas paredes da caverna fundava uma tradição porque recolhia uma outra: a da percepção. A quase eternidade da arte confunde-se com a quase eternidade da existência humana encarnada e por isso, temos, no exercício do nosso corpo e de nossos sentidos, com que compreender a gesticulação cultural, que nos insere no tempo”.

E, compreendemos a ciência como Aristóteles, sendo que para ele, “a ciência é a busca de causas universais, que dão uma explicação comum a um grupo de fenômenos”. O filósofo distingue com clareza os ramos no tronco do saber:

Há uma ciência que investiga o Ser e os atributos que lhe são próprios em virtudeda sua natureza. Ora, essa ciência é diversa de todas as ciências particulares, pois nenhuma delas trata universalmente do Ser enquanto Ser (In: PEREIRA, 1991: 56)

A ciência e a Arte aqui tratadas enquanto construção histórica e social da humanidade são produzidas na sociedade em que vivemos dentro de um contexto cultural em que o discurso pedagógico também é se difundido e reproduzido, incidindo essa tríade por nós apresentada (arte, ciência e discurso pedagógico) sobre a prática pedagógica e o imaginário sobre a escola, em seus “slogans” produzidos e incorporados em uma tradução de significados atribuídos à instituição escolar e reproduzidos em expectativas criadas acerca do trabalho docente e da escolarização ansiada pelos alunos e suas famílias.

(...)

Continua na próxima postagem!

Gratidão pela leitura!

6. O Discurso Pedagógico entre a Arte e a Ciência


São Paulo, Brasil, 14 de setembro de 2025.

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6. O DISCURSO PEDAGÓGICO ENTRE A ARTE E A CIÊNCIA

 

Resgatamos esses excertos de um texto que o Prof. Jaime Cordeiro fez uso na primeira aula do Curso de Didática II (que realizamos no segundo semestre de 2004) e também na aula inaugural da disciplina que já citamos anteriormente, Questões de Teoria do Ensino.

Essas imagens caracterizam os “slogans educacionais” conceituados por SCHEFFLER (1974: 36) que, de acordo com sua concepção, no âmbito educacional, “proporcionam símbolos que unificam as idéias e atitudes chaves dos movimentos educacionais. Exprimem e promovem, ao mesmo tempo, a comunidade de espírito, atraindo novos aderentes e fornecendo confiança e firmeza aos veteranos. Assemelham-se a slogans religiosos e políticos e, como esses, são produtos de um espírito partidário. Posto que os slogans não têm nenhuma pretensão de facilitar a comunicação ou de refletir significações (...). Ninguém defenderá seu slogan favorito como uma estipulação útil ou como um reflexo exato das significações dos seus termos constituintes. É ocioso, portanto, criticar um slogan por inadequação formal ou por inexatidão na transcrição do uso. Entre eles e as definições, no entanto, existe uma importante analogia que deve ser examinada. (...) fornecem símbolos que unificam as idéias e atitudes chaves de certos movimentos, idéias e atitudes essas que poderiam encontrar alhures uma expressão mais plena e mais literal”.

São “slogans educacionais” como os colhidos por ALMEIDA (1986) que compõem o discurso pedagógico em sua difusão e reprodução acerca da função docente. Que, como vimos no excerto citado acima, se assemelham aos “slogans”  políticos e religiosos, imbuídos de  um “espírito partidário”.

(...)

Continua na próxima postagem!

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Sobre príncipes: dos maquiavélicos aos pequenos

São Paulo, Brasil, 1 5  de setembro de 2025.  Instagram: @escritasenarrativas Artista Professor Daniel Rodrigues Hernandez. Blog  Escritas e...