domingo, 7 de setembro de 2025

Independência para quem?

 São Paulo, Brasil, 07 de setembro de 2025. Instagram: @escritasenarrativas

Artista Professor Daniel Rodrigues Hernandez. Escritas e Narrativas.

Crônica do dia sobre política (entre esquerda e direita que vigore a sensatez)

Os expoentes da direita e da esquerda marcharão hoje em seus movimentos, manifestações e atos simbólicos em defesa de suas ideologias, ideais bem como simbologias, seja em torno do verde-amarelismo de nossa bandeira, ou nas cores vermelhas como no Grito dos Excluídos em defesa da transformação social. Os sustentáculos militares de nossa nação estarão em desfile também. Fica difícil diante de tantos holofotes verificar, de fato, o que cada um defende diante de um pluralismo multifacetado de um momento que perante o mundo e sua (des)conjuntura atual talvez o melhor seria apresentar bem como representar uma unidade nacional.

São muitos os desafios nacionais e internacionais e não fizemos a lição de casa ainda. Arrumar a casinha agora, discutir eixos e diretrizes, tornam-se tarefas fundamentais que estamos longe de cumprir. Bandeiras de luta, gritos ufanistas, manifestações que enchem avenidas, tudo isso muito bom, muito legal, mas temos uma instituição relegada, como se fosse chavão de direita e que na esquerda poderia ser uma instituição perturbadora que é a família.

Desculpe perguntar, mas você já deu um bom dia para o seu pai e a sua mãe hoje (e não tem problema nenhum não morar junto pois o WhatsApp é para isso mesmo. Se são dois pais ou duas mães? Ou um trisal? Dê um bom todo dia para tod@s e cada um e cada uma! Não tem problema nenhum. São as nossas referências primeiras e primordiais)? Com o falecimento de seus pais tem seus padrinhos, talvez seus tios também! Ah, já pensou que mundo maravilhoso se ainda tiver os seus avós? Os seus irmãos e primos então! Cara, é só um bom dia! Em cada abrigo agora de nosso país milhares de crianças e adolescentes queriam que o ECA (o Estatuto que lhes representa) lhes dessa uma família de presente (e nós sabemos das lutas jurídicas que encampam a adoção).

Ah, sobre a independência! Independentemente de qualquer coisa: ame! Mas não qualquer amor! Se precisar curar cicatrizes, cure! Mas, não perca o respeito! Ah, aqui não é mais sobre família ou casal! É sobre o nosso país! Mas claro que ao viver no Brasil amar companheiros e companheiros que nos abraçam, nos acolhem e nos acalentam a democracia nos permite dizer que por aqui: Se você amar, não deixe-o. Exija respeito, cumplicidade e dignidade. O alicerce do amor é a amizade. Esse é o jeitinho dele e obrigado por você querer cuidá-lo como ele é. Viva a Independência do Brasil, de você e de quem mais você ama e gosta muito e que tem reciprocidade. Afinal, como nos diz Paulo Leminski, “isso de ser exatamente o que a gente é ainda vai nos levar além.”

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