Assim nascemos sempre

 São Paulo, Brasil, 12 de setembro de 2025. 

Instagram: @escritasenarrativas

Artista Professor Daniel Rodrigues Hernandez. 

Escritas e Narrativas.

Assim nascemos sempre

Da troca de bebês entre Helena (Regina Duarte) e Maria Eduarda (Gabriela Duarte) na novela Por Amor (1997) cotejando o amor de mãe que troca o seu filho vivo pelo filho da sua filha que morreu ao nascer, dando os contornos do que seria essa emblemática história da teledramaturgia brasileira em nosso imaginário cotidiano, passando pelo primeiro beijo (e Last Kiss de Pearl Jam, também: o último beijo) do filme Meu Primeiro Amor (1991) entre Vada Margaret (Anna Chlumsky) e Thomas J. Senett (Macaulay Culkin) lhe questiono: Será que é assim que nascemos sempre?

O nascimento – início de nossa vida – caracteriza um marco biológico, histórico, simbólico e cultural. Sendo um ciclo que se repetirá em todos os anos de nossas vidas. O aniversário que normalmente é tão aguardado para ser comemorado. Mas, e quando a data do aniversário – do que seria um nascimento – pode representar um luto? Essa representação que pode-se ver em um dos principais espetáculos de teatro dos últimos anos no Brasil: Luís Antônio-Gabriela (2011) em que a mãe de Luis Antonio morre no parto, ou seja, no dia em que ele nasceu. Então, para Paschoal (Lucas Beda) bem como para Luís Antonio, o aniversário de nascimento é a mesma da morte da esposa-mãe. Como Nelson Baskerville (o “Nelsinho”, escritor e diretor da peça, interpretado pela atriz Verônica Gentilin) rezava-cantando sempre “papai do céu abençoai a mamãe e o papai, mamãe Gladys e todos os meus irmãozinhos. Fazei do Nelson Júnior um bom menino.”

E, para quem for ficar em casa no final de semana segue abaixo o link da peça completa para assistir:

https://www.youtube.com/watch?v=9RMg6NbCQO8&t=5773s (filmagem 2013) LUIS ANTONIO-GABRIELA -

Direção Nelson Baskerville - Cia. Mungunzá de Teatro.

Talvez a morte seja um novo nascimento. Como de Otávio Jordão (Antônio Fagundes), na novela A Viagem (1994) que passa à tarde em Vale a Pena Ver de Novo na TV Globo, e Alexandre (Guilherme Fontes) que “volta” ao mundo terreno para se vingar e que Dinah (Cristiane Torloni) alimenta também “viajar” para o seu grande amor Otávio reencontrar. Sim, a dor do luto muitas vezes é tão avassaladora que o fim da nossa existência física é o que mais desejamos!

Obrigado pela sua leitura até aqui e claro que antes de você “viajar” um café e/ou suco vamos juntos tomar! Mesmo que seja compartilhado na tela de uma chamada de vídeo se a distância geográfica atrapalhar! Gratidão e uma excelente tarde! Esse mês de setembro marca a chegada da primavera, onde em 2015, Praça da Apoteose, em São Paulo, capital, assisti Ivete Sangalo e Criolo (olha só, Existe Amor em SP, “Clebinho” – o filho da Maria Vilani – emblemática e fundamental personagem da Cultura e da Arte do Grajaú e da zona sul de Paulo – e do Seu Cleon Gomes. Eu também “tenho orgulho da minha cor, do meu cabelo, do meu nariz. Sou assim e sou feliz. Índio, cafuzo, caboclo, criolo. Sou Brasileiro) homenagearam Tim Maia (na turnê do Projeto "Nivea VIVA"). Então, só tenho a lhe desejar em forma de canção que “Quando o inverno chegar. Eu quero estar junto a ti. Pode o outono voltar. Eu quero estar junto a ti. Porque (é primavera). Te amo (é primavera) Te amo, meu amor. Trago esta rosa (para te dar). Meu amor. Hoje o céu está tão lindo (vai chuva). Hoje o céu está tão lindo (vai chuva)… Meu Amor...”

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