São Paulo, Brasil, 10 de setembro de 2025. Instagram: @escritasenarrativas
Artista Professor Daniel Rodrigues Hernandez. Escritas e Narrativas.
Crônica do dia sobre futebol e política (ainda a alegria do povo entre a esquerda e a direita que vigore a sensatez)
A escória em xeque…
Da magia, do encanto e do acalanto retumba o grito de gol em um olhar que outrora foi renegado à alegria em sua luta. Renova-se a esperança no esporte em que a alegria se faz presente e a tristeza agora é ausente. Em um instante – aquele da chegada da bola até estufar as redes – que vem do chute, da cabeçada, da canela, do peito (ou até de La mano de Dios como na História das Copas) parece que ao mesmo tempo que é só o princípio de um farfalhar eterno é como se o tempo parasse e tudo terminasse.
É como no filme De volta para o futuro (1985) com Marty McFly (Michael J. Fox) e o Doutor Emmet Brown (Christopher Lloyd) brincando com o tempo em uma máquina bem como o Homem do Futuro (2011) com Zero (Wagner Moura) e Helena (Alinne Moraes). Mas, será sempre como no Milagre de Berna (2003) em que o menino Matthias Lubanski (Louis Klamaroth) acompanha a Alemanha na Copa de 1954 em que, após perder da Hungria do indubitável Puskas por 8x3, ganha a final da mesma Hungria por 3x2 onde a chuva e as botas com pitons ajustáveis, fornecidas pela Adidas, são vistas como um fator crucial que permitiu à Alemanha virar o jogo. A tecnologia das botas ajudou os alemães a terem mais tração num terreno encharcado pela chuva, enquanto os húngaros, com chuteiras normais, ficaram mais desajeitados, segundo a análise histórica da partida, que deu origem ao "Milagre de Berna". E no filme podemos ver a entrevista do técnico Sepp Herberger dizendo que a Alemanha só teria chances contra a Hungria se chovesse. E choveu! Lendas do Futebol? Como já diria Gonzaguinha “São tantas lutas inglórias.
São histórias que a história qualquer dia
contará. De obscuros personagens. As passagens, as coragens são
sementes espalhadas nesse chão. De
Juvenais e de Raimundos. Tantos Júlios de Santana Nessa crença num
enorme coração. (…)
Ê eu não quero esquecer essa legião que se entregou por um novo
dia! Ê eu quero é cantar, essa mão tão calejada que nos deu tanta
alegria! E vamos à luta! Entendeu agora que o 7x1 não foi por
acaso? Ou a seleção da CBF (herdeira do patriarcado colonialista e
escravagista de uma herança de problemas políticas e de gestão em
sua história recente e desde os tempos de CBD) celebraria o título
da Copa do Mundo com uma dança indígena em torno da taça?
Espero em Deus, Tupã, Oxossi, Kardec e Buda que a seleção (que ontem perdeu para a Bolívia sim, mas a 4 mil metros de altitude a “Epopeia de El Alto” foi muito bonita por ver a festa boliviana em Latino-América a se classificar para a repescagem) do Brasil volte a ser de fato Brasileira (!) e que não se repita o que tem feito aqueles que usam a camisa da seleção como jugo do seu verde-amerelismo alienado para fazer a marginalização da Arte de Rua como vimos com o ‘Porquinho da Paulista’ nesse final de semana. Aquela bandeira dos Estados Unidos realmente não cai bem, afinal acredito que a grande justificativa é que o ataque foi ao representante maior da Revolução dos Bichos (livro de George Orwell publicado em 1945). Sim, o ‘Porquinho da Paulista” é o Stálin e o acerto de contas com o comunismo tem que ser feito sempre (??!!!) Sabe, acho que 7x1 foi pouco. Deveria ser os 10 x 1 Corinthians x Tiradentes (PI). Da Democracia Corintiana à Inconfidência Mineira piauiense. Afinal, como diz Lupicínio Rodrigues, podemos pensar nesse julgamento em Brasília nessa semana com “esse desfecho tão cruel Que tiveram porque se desentenderam Aqueles que pretenderam Fazer a Torre de Babel.” Nunca foi só sobre golpe!
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