quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Ao recomeçar...

 São Paulo, Brasil, 11 de setembro de 2025. Instagram: @escritasenarrativas

Artista Professor Daniel Rodrigues Hernandez. Escritas e Narrativas.

Crônica para uma Feliz Manhã…

São Paulo, Brasil, 11 de setembro de 2025.

Ao recomeçar...

O luto das Torres Gêmeas completando hoje 24 anos (e retomaremos a temática ao longo das crônicas do dia) nos leva a (re)pensar acerca da nossa realidade e de tudo que o mundo está enfrentando e pensar se essa conjuntura não inflama uma ideologia do ódio como a que levou aos ataques em Nova York, nos Estados Unidos da América.

Lembrando que ano que vem (2026) teremos Copa do Mundo e, na atualidade com os conflitos que temos, é temerário o revanchismo e, como no caso de ontem, do assassinato do ativista Charlie Kir (31 anos) em que debater se a ideologia dele é de esquerda ou de direita é como no filme O amor é contagioso (1998) da história do médico Patch Adams (Robin Williams), que luta pela Humanização da Saúde, em que ele é perguntado sobre o seu Professor de Medicina ao apresentar todos os sintomas e medicamentos que a paciente tomava e se alguém da turma teria alguma pergunta e Patch Adams apenas questiona: Qual o nome dela?

A ideologia do ódio, o espírito de violência e a distância de uma cultura de paz nos coloca em um momento em que os cataclismos ambientais se tornam mais próximos das relações do que os humanos que se preparam para a COP-30 (Conference of the Parties, 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), no Brasil, em Belém, no Pará, realizada um país que não tem hábito de leitura dentro de um mínimo possível e aceitável para receber um evento de tamanha importância como esse pela urgência no mundo. De acordo com a Pesquisa Retratos da Leitura 2024 53% dos brasileiros não leem livros e, nos últimos quatro anos, houve uma redução de 6,7 milhões de leitores no país. E, esses dados referem-se justamente a ausência de políticas públicas no incentivo à leitura. Não formamos leitores críticos em nossa escola (ou, não formamos leitores em nossos bancos escolares?)! E, deveríamos fazer, antes de eventos grandiosos internacionais com ufanismo a nossa lição de casa e investir começando das crianças sempre como falou Ayrton Senna (bem, o Brasil deveria conhecer e aprender mais de si mesmo antes da velha importação de sempre sem conhecer a nossa história em que ainda é mais fácil saber os cantores do The Town e do Lollapalooza, o Neymar e o Vinícius Jr. do que saber quem é Rayssa Leal e Rebeca Andrade, com respeito ao futebol mas sabendo que é muito mais difícil vencer e se destacar em qualquer esporte no Brasil fora do futebol masculino, representando tão bem o nosso país em todo o mundo).

É muito bonito falar de clima apresentando a Amazônia, o show da Mariah Carey em palco flutuante, mas… Qual a nossa mensagem para o mundo? Qual o nosso legado? Quantos livros cada criança do Brasil tem na sua casa? Os diplomas universitários das nossas instituições públicas estão em quais regiões do Brasil? Talvez, o Canto das Três Raças de Clara Nunes ainda esteja atual e não estamos nos dando conta disso “Ninguém ouviu um soluçar de dor no canto do Brasil. Um lamento triste sempre ecoou desde que o índio guerreiro foi pro cativeiro e de lá cantou. Negro entoou um canto de revolta pelos ares do Quilombo dos Palmares Onde se refugiou. Fora a luta dos inconfidentes pela quebra das correntes nada adiantou. E de guerra em paz, de paz em guerra todo o povo dessa terra quando pode cantar: - Canta de dor.”

Antes da COP-30 realizar devemos recomeçar! Enquanto isso, a luta continua e não podemos parar! E se queremos de coração mesmo um recomeçar, que a escravidão no Brasil possa de fato acabar! Pois, infelizmente, ainda não acabou!

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